Peça GLS "Enquanto todos dormem" estará em Salvador neste fim de semana


Foto Reprodução/Divulgação






Depois de lotar as sessões em Brasília e Curitiba, a turnê do espetáculo “Enquanto Todos Dormem” chega a Salvador para três apresentações no Teatro Vila Velha, de 13 a 15 de maio [sexta a domingo]. Em cena, Pedro Andrade e Luíz Gustavo Silva, soldados do exército, são convocados para um treinamento em local distante de onde moram. Longe de suas famílias e confinados em um ambiente hostil, eles compartilham suas angústias e a expectativa de um combate iminente. Em contraponto à tensão, surge a cumplicidade, o respeito e a admiração entre os dois jovens, afeição que os leva a viverem aventuras íntimas. Conflito e leveza norteiam a trama do espetáculo, uma produção da MACA Entretenimento (RJ), que segue, depois de Salvador, para Belo Horizonte, Fortaleza e Recife.







Sobre o roteiro:

Cenografia e sonoplastia transformam o palco em uma base militar do ano de 1938, localizada no Peru. Ao longo dos sessenta minutos de espetáculo, as lembranças vividas por Pedro, ao lado de seu parceiro, Luíz, são trazidas à cena. Através dos diálogos, entremeados de contrastes, é revelada a instigante amizade entre dois rapazes que se transforma em um romance explosivo. “Isto porque se trata da vida de dois garotos cheios de sonhos, inseridos em um contexto nada favorável”, explana Thiago Cazado, que assina o 10° texto de sua carreira. A angústia velada se esvai nos momentos de descontração entre os dois, “válvula de escape para os dias duros e que faz as personagens se unirem, como se um encontrasse no outro um motivo bom para estar ali”, conta o autor.

Pedro, a personagem central da trama, é tímido e reservado. Ele desenvolve por Luíz uma admiração e o toma quase como um ídolo, pois é Luíz quem o apresenta a um mundo de liberdade e adrenalina, com pitadas de provocação sexual. Tal comportamento de Luiz leva Pedro a enxergá-lo como um "oponente desafiando sua libido". A dramaturgia, com diálogos ágeis e iluminada por imagens contemplativas, utiliza-se de códigos teatrais inusitados para dar solução a alguns elementos trazidos à cena. Exemplos disso são os sons de animais que retratam as personagens que não aparecem fisicamente no palco ou a utilização da expressão corporal e da trilha sonora para transportar o publico para cenários como uma cachoeira. "É o que faz do teatro, o teatro", acredita Cazado.